É um permanente fascínio descobrir esta parte do Alentejo. Com as mais belas paisagens e um clima ameno, o turismo na nossa terra oferece o ar mais limpo do nosso país, os melhores sítios para aventurar-se e ir à descoberta do nosso património, onde existem sítios lindíssimos para visitar e apreciar a vista durante horas e horas sem fim.
Aqui pode ouvir o silêncio do campo e ver o espectáculo do pôr – do – sol. Pode assistir à apanha da azeitona, à matança do porco, à tosquia das ovelhas, à extracção da cortiça, pescar, passear a cavalo, de bicicleta ou a pé e também praticar observação de aves na Barragem do Monte da Rocha.
Se for amante de desporto, visite-nos de uma maneira mais criativa, ou seja, fazendo desporto ao ar livre, desde os radicais, como por exemplo escalada, aos mais calmos, tais como caminhadas pela natureza.
A VISITAR
• Igreja Matriz de Panóias
Construída no séc. XVI, foi ampliada no séc. XVIII, a Igreja Matriz de Panóias é um templo de planta longitudinal, de uma só nave e capela-mor. De arquitectura religiosa quinhentista, este edifício barroco, possui nave única com cobertura interior de laje angular e arcos diafragma ogivais. Fachada com imponente torre sineira barroca de forte valor cenográfico.
Diz-se que aqui terá sido sepultado S. Romão seu padroeiro. Foi um mosteiro de eremitas de Santo Agostinho, que aqui procuravam o descanso para as suas almas. A capela-mor está totalmente revestida com retábulos de talha dourada e policroma. Destaque para a cripta que destaca este templo em relação a tos os outros existentes nesta região.
• Igreja Matriz de Conceição
Construída no séc. XVI, com profundas alterações no séc. XIX, esta igreja apresenta uma planta longitudinal composta por nave e por capela-mor, a que se adossa, do lado esquerdo, a sacristia, dependências de apoio, baptistério e dois pequenos campanários.
Possui nave coberta por laje em três planos. À direita de quem entra pia de água benta de cantaria; imediatamente a seguir à entrada, lápide sepulcral com uma inscrição muito delida. Do lado do Evangelho, porta de acesso ao baptistério, com molduras revestidas de cantaria granítica e pia baptismal de cantaria. O arco triunfal é de volta perfeita sobre pilastra. A capela-mor tem cobertura idêntica à da nave.
• Igreja de São Romão
Igreja de peregrinação, construída provavelmente no séc. XVIII. Nos inícios do séc. XIV, D. Vataça Lescaris, princesa de origem bizantina é donatária do termo de Panóias e oferece as relíquias osteológicas que existem na ermida.
Templo barroco onde a capela-mor, integralmente decorada em talha dourada, contrasta fortemente com o total despojamento do edifício, que constitui uma caixa rectangular, de tradição popular. A presença de armários-relicário integrados no retábulo e a existência de uma pequena cripta com acesso pela mesa de altar são aspectos que individualizam este imóvel.
• Albufeira e Barragem do Monte da Rocha
A Barragem do Monte da Rocha fica situada no Baixo Alentejo, no concelho de Ourique, perto da localidade de Panóias. Construída sobre o leito do Rio Sado, esta barragem entrou em funcionamento em 1972. A sua utilização é predominantemente agrícola.
Observação de aves na Barragem do Monte da Rocha
Perdida na parte ocidental do Baixo Alentejo, a barragem do Monte da Rocha tem merecido pouca atenção por parte dos ornitólogos. Contudo, esta zona tem um potencial ornitológico que merece ser destacado.
Espécies mais interessantes:
Frisada, mergulhão-de-crista, peneireiro-das-torres, perdiz-do-mar.
Outras espécies:
Pato-real, mergulhão-pequeno, garça-boieira, cegonha-branca, milhafre-preto, tartaranhão-caçador, águia-calçada, galeirão-comum, sisão, pernilongo, abelharuco, poupa, chasco-ruivo, fuinha-dos-juncos, pega-azul, pardal-espanhol, trigueirão.
Visita:
Partindo de Ourique, toma-se a estrada nacional 123 em direcção a Odemira. Ao longo desta estrada existem, do lado esquerdo, diversos ninhos de cegonha-branca que merecem ser inspeccionados, pois servem de suporte à nidificação de diversos casais de pardal-espanhol, que aqui se misturam com o pardal-comum. A concentração mais interessante situa-se entre os km 53 e 52. Também do lado esquerdo aparece um pequeno açude, observável a partir da estrada, que é frequentado por frisadas, pernilongos e outras aves aquáticas. Prosseguindo pela estrada e virando à direita no primeiro cruzamento (EN 264-1), rapidamente se chega ao paredão da barragem, a partir de onde se obtém uma boa perspectiva sobre a albufeira.
Durante a época de nidificação é habitual observar aqui o mergulhão-de-crista, a frisada, a perdiz-do-mar e o diversas espécies de fringilídeos.
• Buraco dos Mouros no Valverde
• Mina do Montinho
• Ponte Ferroviária da Quinta Nova
• Palacete da Torre Vã
Roteiro Gastronómico
O porco Alentejano, animal endógeno, está intimamente ligado a Ourique, misturando-se na paisagem de montados que se prolonga por todo o Concelho.
Os sabores, à muito apreciados por alguns, começam hoje a ser reconhecidos por todo o Pais.
O Porco alentejano permite uma variedade de soluções gastronómicas. Um verdadeiro amigo ao serviço da imaginação culinária e cúmplice perfeito para quem gosta dos cheiros e sabores da boa mesa.
É nos montados maravilhosos de Ourique que podemos encontrar muitos dos nossos protagonistas. É aqui que fortalecem a sua estrutura, durante 90 a 100 dias estas paisagens são a sua casa.
É aqui que se alimentam e que, calmamente, ou não fossem alentejanos, percorrem os hectares do montado alentejano.
ESPECIALIDADES GASTRONÓMICAS
• Ensopado de borrego
• Cabrito na púcara
• Carne de porco Alentejano
• Migas com carne de porco Alentejano
• Cozido de grão/feijão
• Sopas de Tomate
• Açorda alentejana
• Gaspacho
DOÇARIA
• Doce de Abóbora
• Doce de Figo
• Arroz Doce
AGRO-ALIMENTARES
• Queijo de Cabra, curado ou fresco, requeijão
• Queijo de Ovelha
• Enchidos diversos
• Pão Alentejano
• Mel
• Medronho
• Azeite
ARTESANATO
Alguns homens da terra utilizam as memórias como matéria-prima que junta à cortiça, onde existem ainda muitos idosos que se dedicam a passar para a cortiça as recordações que têm.
Alguns não vendem as suas peças, mas outros, para colmatar as necessidades do dia a dia, vão dispensando aos visitantes, a troco de alguns euros, estas peças maravilhosas de artesanato.
A nossa verdadeira riqueza são as nossas gentes, devemos incentivá-los a continuar...
A CORTIÇA
Actualmente, a cortiça é uma matéria-prima nobre cuja utilização se estende a variadas utilizações, entree as quais peças artesanais.
A cortiça é um material de origem vegetal da casca dos sobreiros (Quercus suber), com grande poder isolante.
A primeira extracção da cortiça ocorre, normalmente, quando a árvore atinge entre 25 a 30 anos, sendo que a extracção ocorre nos meses de Junho a Agosto. Essa cortiça, por vezes com espessura considerável, recebe o nome de virgem e distingue-se substancialmente da cortiça de reprodução extraída nos períodos seguintes: é designada por secundeira na segunda tiragem e por amadia nas tiragens ou extracções subsequentes. A cortiça amadia é a de maior qualidade, sendo por isso a mais valorizada, e a única que pode ser utilizada para o fabrico de rolhas. A partir desta fase, a cortiça é extraída a cada nove anos.
EVENTOS ANUAIS
4.º fim de semana de junho - Festas da Vila de Panóias
2.º fim de semana de julho - Festas da Aldeia das Alcarias
3.º fim de semana de julho - Festas do Clube Desportivo de Panóias
1.º sábado de agosto - Festas de São Romão
2.º fim de semana de setembro - Festas da Aldeia da Conceição
3.º fim de semana de junho - Festa do Cavalo
3.º domingo de junho - Feira Anual de Panóias